segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

José Saramago

Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia, mas a epopeia que neste espaço pretendemos compor teve homens como heróis, e nao deuses; é pois justo que se conclua com a figura magistral - mas humana, demasiado humana - deste grande senhor, telúrico profeta que nos ensina que mesmo o lastro de ouro dispendido pelos mais altos astros é apenas pó estelar.

Se as quinhentas homenagens aqui prestadas, de Simone a Saramago, são obra valorosa, tal se deve somente ao povo de estirpe ilustre que nelas nos propusemos retratar. A tinta que o nosso pouco génio empregou no titânico esforço, sabemo-la não nobelizável - como não estimar, porém, estes filhos? Outros haveria que cantar, porventura, mas a pena vai pesando a nossa mão. Não mais, musa, não mais. Caia a noite sobre tantas estrelas.

2 comentários:

  1. Em momentos como aqueles que agora vivemos, feitos de dolorosa punção na auto-estima e de opacas nuvens que ofuscam a alegria de viver Portugal, o vosso trabalho digno de exaltação daqueles cujo talento, valor e grandeza nos ajudam a erguer da banalidade terrena confere-nos a necessária coragem para continuar. Obrigado pelo que nos proporcionaram. Um país sem memória é um país sem futuro. Vocês ajudaram a suster um pedaço de justa memória, justo reconhecimento, que ilumina os horizontes de amanhã. Até sempre,
    Ana Veríssimo

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